Alimentos biológicos
Muito se ouve falar hoje em dia de alimentos biológicos. Efectivamente, hoje é necessário reforçar esta ideia mas, antigamente, só estes existiam.
Independentemente de ser um negócio, em muitos casos, altamente lucrativo, é cada vez mais justificado o seu uso, dados os "atropelos" constantes a que estamos sujeitos em termos de saúde alimentar. O que muitas vezes continua a não se justificar é o seu preço.
O que são alimentos biológicos?
São obtidos através de práticas que minimizam a utilização de agroquímicos e evitam a degradação do ambiente e ecossistemas.
Têm que ser fiscalizados e certificados por empresas, como a Socert-Portugal, que verifica se são cumpridas as regras da agricultura biológica.
Regras da agricultura biológica:
Proibido utilizar pesticidas e adubos químicos de síntese (laboratório) - só são permitidos naturais.
A cultura deve ser conduzida de modo a evitar o esgotamento dos solos e a respeitar o equilíbrio ecológico (exemplo: rotação de culturas).
Os animais de criação só podem receber dois tratamentos com medicamentos veterinários convencionais por ano. Quando os utilizar, o criador deve respeitar um prazo mais longo antes de abater o animal (o dobro do prazo normal).
Os animais não são fechados em permanência mas pastam em liberdade.
Os animais só podem receber alimentação vegetal e biológica.
O ciclo natural dos animais tem que ser respeitado. Não se pode verificar a inseminação artificial nem a utilização de hormonas para regular as ovulações.
Todos os organismos geneticamente modificados estão interditos.
Não podem usar-se radiações ionizantes nem aditivos alimentares no processamento e conservação.
Considerações acerca dos produtos biológicos
Para o ambiente:
A agricultura biológica não liberta pesticidas sintéticos para o ambiente, que podem contribuir para a destruição da vida selvagem.
As quintas orgânicas são melhores do que as convencionais, porque sustentam diversos ecossistemas, tais como populações de plantas, insectos e animais.
As quintas orgânicas usam menos energia e produzem menos desperdícios, nomeadamente materiais de embalagem dos químicos.
Para os consumidores:
Diminuição da exposição a herbicidas e pesticidas (alguns com efeitos teratogénicos - malformações fetais).
No que respeita ao aspecto nutritivo, não parece haver grande melhoria em relação aos produtos não-biológicos.
São habitualmente mais caros, podendo atingir mais de 40% do custo dos mesmos produtos não-biológicos.
Garantia de que não houve manipulação genética em nenhuma fase na produção destes alimentos.
Os organismos geneticamente modificados (OGM), por não estarem devidamente estudados os seus efeitos a longo prazo, devem ser evitados ou consumidos com muita moderação.
Os seus defensores, justificam a sua produção e uso alegando que não há alteração das suas características organolépticas e da sua composição nutricional em relação aos que não são geneticamente modificados. Contra estes argumentos encontram-se alguns biotecnologistas que dizem que no caso da carne contaminada com BSE, por exemplo, também estas características não são afectadas...
Resta-nos pedir que, como consumidores que somos, sejamos correctamente informados para que possamos fazer as escolhas alimentares mais saudáveis.
Seja Gourmet!
Fonte: Deco-Proteste e Educare
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